quarta-feira, 24 de junho de 2009

Em terra estranha

Da minha estada em São Paulo, ficou uma lembrança amarga entre as tantas saudosas. Acostumada à quase sempre calorosa acolhida dos brasileiros em todos os lugares nos quais já estive, fui agredida por um oriental na famosa 25 de março. Motivo: Peguei uma mercadoria para verificar a qualidade, um simples par de meias. Para mim, um direito legítimo de consumidora. Não concretizei a compra (tenho esse direito ou não?) e fui agredida verbalmente aos gritos por aquele sujeito, numa mistura de português com japonês ou sei lá que língua era aquela que ele falava, mas foi muito claro o "caralho" que ele berrou ao final. Parece cômico, mas foi uma mácula que ficou. Confesso que a má impressão daqueles orientais se instalou pela forma como outros também me trataram, embora nenhum deles tenha chegado ao extremo de me agredir com palavras. Senti muito, mas prefiro pensar que não passou de um choque cultural, embora nada justifique o tratamento grosseiro que recebi.

E o que dizer sobre as eternizadas por Caetano Veloso avenidas Ipiranga e São João? Confesso que passava por ali segurando bem firme a bolsa, afinal, recebi alerta de várias pessoas de que não deveria me descuidar naquela região... Entendi bem o porquê.

Mas ainda assim me encantei pela cidade. Fiquei perdida naquela imensidão. Foi um perder-me prazeroso, um perder-me para encontrar-me. Ainda estou sob a magia que a cidade causou em mim. Contudo, no dia da partida, assim como Caetano, alguma coisa aconteceu em meu coração de verdade, pois ao mesmo tempo que queria ficar mais naquele lugar para descobrir todos os seus encantos e explorar sua imensidão, quando o avião pousou em minha terra, senti uma alegria inexplicável. Terrinha cheia de vícios, mas onde estão minhas raízes. Talvez tenha vivido uma pequena síndrome de Dorothy às avessas: Não há lugar como o nosso lar, mas quero voltar para lá.

7 comentários:

Clarinha disse...

hehehe..
mto bom...
sei bem como é isso... moro a 100km de SP e não o conheço nem o mínimo!!!
Mas esses orientais pensam que são donos de SP... mas são dos só da 25 de março...rs

aiaiai... nossa terrinha é a melhor mesmo... nada como voltar pra casa!!!

beijos

Patricia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Andréia M. G. disse...

Bem, não tenho nenhum preconceito contra orientais. Apenas registrei o ocorrido assim como teria feito caso tivesse sido com qualquer outra pessoa de qualquer outra nacionalidade. Tenha sido japonês, chinês, coreano, o problema foi a forma grosseira recebida. Enfim, o importante é que gostei muito da viagem!!!

dora disse...

Déia

Nada como novas vivências e experiências e de cada uma delas podemos guardar o que realmente nos importa. Como já te conheço um "pouquinho", tenho certeza que guardará na sua memória e no seu coração o que realmente te importará.
Que venha muitas viagens para esse lindo casal.
beijinhos

Priscila disse...

Pelo menos o coice dos orientais não estragou sua viagem. E a 25 de março?? Tem coisas muito baratas mesmo? Ou é igual a Av.7 daqui? hahahahah

Depois quero saber de mais babados. As fotos estão ótimas, vcs dois equipados para o frio :))

BJoooo

Andréia M. G. disse...

Vou te ligar para contar tudo! Bjos!

Senhorita B. disse...

Eu moro perto do Stand Center e sempre me deparo com estes coreanos. Eles são mesmo grosseiros e mal-educados. Amo SP, mas não posso deixar de registrar que concordo com tudo que vc disse.
bjs