domingo, 9 de fevereiro de 2014

O nazismo sob o olhar de meninos



"O menino do pijama listrado" e "A menina que roubava livros". Duas histórias cujos personagens ficarão eternamente guardados em meu coração. Na contramão do que tenho por hábito fazer, vi os filmes antes de ler os livros (o que será minha ocupação nos próximos dias) e fiquei encantada. Ambas as narrativas apresentam algo em comum: o nazismo, o holocausto, Hitler. Por isso, já dá para imaginar que se tratam de histórias tristes. Sim, tristes, porque não há como reviver o massacre dos judeus sem se entristecer com o maldade humana. Não é à toa que o narrador de A menina, bem adequado ao contexto da obra, a Morte, afirma achar os humanos assustadores por unirem em si o bem e o mal. Sempre que me deparo com histórias sobre o extermínio dos judeus em prol de uma raça ariana ou por acharem que os judeus delataram Cristo ou outras justificativas que em nada explicam tanto sangue derramado, sinto uma dor profunda ao constatar o mal que a imposição das religiões, ideologias, radicalismos causou e ainda causa ao mundo. Tenho uma base de formação cristã, mas respeito quem não crê ou tem outras ideologias, pois a verdade sobre o mundo, sobre Deus e todas as coisas deve ser um grande mistério que ninguém conhece ou tem autoridade para impor. É insano matar pessoas por não seguirem certos preceitos. Ver tudo isso representado nas telas toca na alma. Mas em O menino e A menina o que mais me tocou foi ver a representação da inocência infantil que dá mais valor à amizade em detrimento aos interesses escusos nazistas. Duas lindas histórias e depois de ser tocada por elas, um desejo cresceu ainda mais em mim: que os seres humanos possam se ver apenas como tais, livres de guerras, de imposição de crenças, de discriminação entre raças e credos. Um mundo livre.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quero serenar

Ah, que saudades senti hoje de trabalhar com as palavras e suas infinitas possibilidades. Saudosos estudos literários... Quando penso que há tanto a ver nos entremeios das palavras, na arte, na poesia, nos devaneios bons que se seguem a uma boa leitura, reflito se fiz a melhor escolha ao trabalhar na área de gestão de pessoas. Oh, pessoas e suas heterogeneidades... Como é difícil gerenciar conflitos e lidar com atitudes tão díspares de nossos pensamentos e posturas. Hoje realmente senti saudades de sentar na frente de meus alunos em semicírculo, abrir um livro, viajar com eles para um vasto campo de possibilidades, trocar ideias, interpretações e novas escritas sob o ponto de vista de cada um. Leonardo Boff disse que "cada ponto de vista é a vista de um ponto" e tinha toda a razão. Preciso serenar...