quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Elysium, o "admirável mundo novo"

Quando li a sinopse do filme Elysium, não pude deixar de me lembrar do livro Admirável mundo novo. Sempre ele. Guardadas as devidas proporções, poderíamos fazer uma analogia entre as obras e considerar os habitantes de Elysium como o povo Alfa do livro de Huxley. Até a capa do livro me remete ao cartaz do filme, como podem ver aqui:




A essência das obras é mesmo semelhante, uma sociedade dividida em castas. A diferença é que em Elysium os humanos são conscientes dessas diferenças e muitos tentam passar para o outro lado, enquanto que na obra de Huxley, há uma indução para que as pessoas aceitem suas condições sociais.

A trama é envolvente, as personagens são multiculturais e vale a pena assistir. Saí do cinema com a sensação de que o mundo pode estar a caminho do futuro mostrado no filme, com a Terra exaurida de seus recursos, transformada em uma grande favela e a humanidade destroçada, sob o comando de uma minoria "alfa" que vive imune a todos os males. Mas, a grande sacada do filme, ao meu ver, foi mostrar como mesmo nesse mundo ideal construído em Elysium, sonho de consumo dos terráqueos, os interesses políticos emergem e podem ter consequências avassaladoras. Um golpe político ajuda a mudar os rumos da Terra e de Elysium. No final, temos um heroi que morre para "salvar" a humanidade, a mocinha do filme e todos os terráqueos com permissão para habitar o paraíso no espaço, novas pessoas no poder... E, quando se tem o poder nas mãos, já se pode imaginar os rumos dessa nova história... Só que isso renderia um novo filme.

Mas o melhor e que me enche de orgulho é ver a estreia de Wagner Moura no cinema hollywoodiano. Que maravilha é ver esse ATOR, bem assim com letras garrafais, brilhando nas telas como um dos protagonistas. Sim, ele não aparece como um mero coadjuvante, tem um importante papel na trama e não deixa a desejar. Esse baiano é retado mesmo!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Primavera


Flores combinam muito com o tema deste blog e a primavera chegou hoje para colorir meus dias, trazendo consigo tão esperadas férias. Para o primeiro dia de descanso do trabalho, me vesti um pouco de Amelie Poulain, curtindo as coisas simples da vida e apurando meu olhar caleidoscópico. Comprei livros novos e reparei que costumo fazer isso nessa estação. Sempre me pego presa a alguma leitura nessa época. A primavera é mesmo inspiradora! Cuidei das plantinhas que vivem comigo e desejei-lhes uma estação gloriosa, tomei sorvete de flocos na casquinha, fiz perguntas a mim mesma, tive conversas imaginárias, comprei um floral antiestresse, mas mais do que essas trivialidades e devaneios, dei um passo rumo à realização de mais um sonho, cuidei de outro sonho que se avizinha e tracei novos planos. Aprendi que o olhar que temos sobre nós mesmos pode ser mais exigente do que o olhar que os outros têm sobre nós. Confirmei que Leonardo Boff está certo: cada ponto de vista é a vista de um ponto. Parei um tempo na janela para observar a lua e como estava glamourosa! Cheia, em sua florescência máxima. Como nem tudo são flores, também li notícias sobre guerras e atentados terroristas, em nome de um deus distante do que quero crer. Ao final do dia, conclui que são tempos realmente difíceis para os sonhadores, cara Amelie, mas sempre há esperança e ninguém tira minha florescência. Hoje, abri-me em flor.

Comecei a escrever no primeiro dia da primavera e agora, prestes a postar, já entra o segundo dia. Que traga consigo novos aprendizados e florescências.

sábado, 7 de setembro de 2013

Porque hoje é 7 de setembro

 
Independência do Brasil... O Ipiranga já não tem margens tão plácidas. O povo heroico ecoa brados retumbantes? Talvez... Talvez sejamos heróis da resistência. Ó, pátria amada, nem sempre idolatrada, salve, salve! Que possamos levantar do berço esplêndido e usufruir dessa terra de natureza abençoada, que ela possa ser mais garrida, que nos dê glória e principalmente paz, no presente, onde a vida acontece, pois só assim construiremos um futuro do qual possamos nos orgulhar.