quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mar e paz

Caminhada na areia, banho de sol e de mar, água de coco, doce sabor de paz. Ficaria por horas a fio em êxtase contemplando o horizonte infinito, sem nenhum compromisso. Preciso priorizar momentos assim. Ano indo embora e eu à espera de milagres. A água do mar está branda e alcança os pés num friozinho gostoso. Pessoas caminham, correm, exercitam-se ou simplesmente observam o mar e seus encantos. Onda vem e vai. Que leve embora os males deste mundo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dádiva

Sem fazer força, sem bajular, sem perder a ética. Agradeço a Deus por sempre guiar minha vida para conquistas por mérito. Sempre. OBRIGADA. Agradeço por ser rica de amor, por ter uma mãe espetacular, por ter um companheiro com retidão de caráter, por ter família e amigos pelos quais nutro grande admiração, a qual é mútua, por ter um pai que, mesmo a sua maneira torta, contribuiu para minha formação como gente. O reconhecimento é uma dádiva. É muito gratificante olhar para trás e perceber o quanto avancei nos últimos anos, avanços que podem parecer pequenos aos olhos de alguns, mas que para mim são imensuráveis. E tanto ainda tenho a conquistar e entender... É engraçado quando vamos amadurecendo e descobrimos como nossas concepções mudam e como somos exigidos a exercitar a resiliência. Com o tempo, tenho me tornado mais sensível às relações humanas e encontrado mais felicidade nas pequenas coisas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Com licença poética

Hoje trouxe Adélia Prado para florir meu jardim.


Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.