domingo, 22 de agosto de 2010

Descalça

Indisposição mental. Cansaço. A verdade é que gostaria de encontrar mais qualidade de vida. O trabalho tem sido chato. Sem muitas inovações. Mesmice me incomoda. Gosto de mudanças. Rotina é um porre. Escrever aqui não é mais a mesma coisa há muito tempo. Tentei escrever sobre blogs, mas as atribuições rotineiras do trabalho me absorveram. Apertei o stop. Delineei novo rumo a minha vida saindo da casa de meus pais. Estou em fase de transição. Sei onde quero chegar, mas os meios para alcançar estão um pouco turvos. Ainda. Em sonhos, Deus sempre me envia sinais. Alguns consigo interpretar, outros permanecem em mistério. Livros e filmes acumulados. Leituras inconclusas. Algumas pessoas intragáveis com quem tenho que lidar. Não combino com este mundo. Não mesmo. Queria poder colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo afora sem rumo definido. Ainda serei mochileira na Europa, mesmo que seja apenas como turista curtindo as férias suadas para conquistar. Dias melhores, dias diferentes, dias mais vibrantes. Cuidar do meu novo lar tem sido bom. É indescritível a sensação de escolher os móveis, a cor das paredes. Os gastos são muitos, mas a razão é válida. Estava de férias e volto ao trabalho esta semana com vontade de prolongar o período de ausência por lá. A verdade é que o que faço não me seduz. Sinto muita falta de muito. Mas procuro fazer tudo da melhor forma possível. É o meu dever. Gostaria de aliar o dever ao prazer. Às vezes me sinto mal agradecida por não me sentir satisfeita profissionalmente. Mas o que posso fazer se sinto? Não que abomine tudo que faço. Há coisas que me proporcionam satisfação sim, mas a burocracia, a rotina, os jogos de vaidade sugam minhas energias. Se a felicidade não fosse o lema de minha vida, talvez não aguentasse a pressão. Ando sensível e com a mente extremamente inquieta. Odeio acomodação. Acho que tenho andado bastante descalça por aqui. Boa noite.