segunda-feira, 23 de julho de 2012

À margem

Para os que estão à margem, estigmas, rótulos, marcas.
Aprendi na faculdade que ser marginal não é apenas ser bandido, mas também pode significar estar à margem da sociedade. Nesta posição estão os menos favorecidos socialmente e os mais rotulados, seja pela cor da pele, por questões de gênero, por padrões estéticos... E até nossa naturalidade estigmatiza. Em um reality show que está atualmente no ar, somente um participante carrega uma alcunha dada por seus colegas: baiano ou Bahia. Porque é natural da Bahia, porque tem um sotaque diferente dos demais, porque os que não estão à margem sentem prazer em rotular, em roubar do outro o seu nome próprio para marcá-lo como se tivesse que carregar uma bandeira da marginalidade. Perceber isso me incomoda profundamente. Só quem carrega suas "bandeiras" para sentir o que é ter a identidade como um peso que lhe mostra que você é socialmente um marginal. E aqui a língua fere, pois a mesma palavra que traz o peso da malandragem em si, também serve para representar categorias sociais que precisam ser vistas e recebidas sem estigmas. Quando conseguirmos não mais marcar as pessoas, o mundo terá subido um degrau para a evolução da mente humana. Espero viver o suficiente para ver esse dia chegar. Será?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Notívaga



"Melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio". Difícil conviver com a dúvida, mas o que fazer com a verdade? Seja qual for, que seja o seu melhor destino. A verdade ou a mentira podem causar dor, mas a dúvida corrói a alma. Notívaga, segue noite adentro em busca de paz de espírito.