quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Falo pouco de meu pai. Emudeço. Talvez ele seja o anti-herói de minha vida. Mas ainda assim reconheço nele algumas virtudes. Quero conseguir um dia desenvolver melhor essa página de minha vida que mantenho a maior parte do tempo escondida. Trocamos poucas palavras. Não me sinto amada por ele. Também não sei se o amo. Uma vez, sofreu um acidente e pensei que fosse morrer em meus braços. Naquele momento, um pânico se apossou de mim porque seria o fim de uma relação que nunca existiu como eu gostaria. Nunca entendi bem seus sentimentos. Acho que nunca amou ninguém, nem a si mesmo. Já deixou em mim muitas cicatrizes, não no corpo, mas na alma, e estas são as mais difíceis de apagar.

Acho que nos amamos... De um jeito torto, meio capenga, mas talvez sim.

5 comentários:

Evandro Marques disse...

Sempre está em tempo de tentar algo novo.
Nunca podemos nos contentar com o q há. Sempre existe algo melhor pra ser feito.

meus instantes e momentos disse...

passando para agradecer as visitas e desejar um feliz final de semana.
Gosto de voltar aqui
maurizio

S* disse...

POis eu e o meu pai temos uma péssima relaçao. Opçoes dele. ;)

Moacy Cirne disse...

De blogue em blogue aqui cheguei.
Para, de cara,
ler um texto doloroso,
mas belo.
E emocionante.
Voltarei.
Um beijo.

Andréia M. G. disse...

Moacy, que bom que gostou do meu jardim. Volte quando quiser. :-)