terça-feira, 4 de junho de 2013

Da vida e da morte



Uma coisa é certa, como dizia minha sábia vó, a única certeza que temos na vida é a morte. 

E quando no meio de incertezas que são inerentes à vida, decide-se ir ao encontro da maior certeza que ela nos dá? Morte, quando tudo termina ou recomeça. Morte morrida ou matada, seja como for, tem um peso que se torna ainda maior quando é você próprio que busca o encontro fatídico com ela. As dores da alma, os desequilíbrios emocionais, as depressões, as angústias e as síndromes psicológicas são o mal do século. A busca incessante por não se sabe exatamente o quê, perguntas que não encontram respostas, lacunas que se abrem dentro de si e não conseguem ser preenchidas. Almas adoecidas são as mais difíceis de encontrar cura. O que se passa na cabeça de um suicida? Esta semana um colega de trabalho e de colégio se foi, jogou-se do prédio onde morava na frente da mãe e da avó. Tinha pouco contato com ele, mas imaginar essa cena me tocou profundamente. Por quê? Não há respostas lógicas para essa pergunta.O sócio de meu sogro também suicidou-se dentro do escritório, com uma corda amarrada no pescoço, se não me falha a memória. A forma pode não ter sido exatamente essa, mas o fato é que deu fim à própria vida. Por quê? Outros casos tenho ouvido falar e me entristeço. Esta é uma postagem triste, de verdade, por perceber que as pessoas estão perdendo o viço de suas flores...

Quanto a mim: da vida, quero um jardim florido, da morte, recomeços, mas que seja leve e bem longe, para que eu possa cultivar bem o meu jardim.

2 comentários:

Clarinha disse...

Belo texto.

A morte que nos surpreende. Ás vezes também me pego pensando em como estas pessoas têm força suficiente para cometer esse atentado: Tirar a própria vida!

Pra ela há sempre uma explicação óbvia!

Saudades dos seus textos. Voltei!

S* disse...

Eu tento nem pensar na morte, mas esta assusta-me.