sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Recusa

Recuso-me a dormir. Porque o sono é um momento de interrupção e odeio cortes. Quero ser contínua, viver ininterruptamente, incessantemente. O corpo cansa, mas a mente ferve. Não quero o sono, quero a vida. Quando durmo, tenho a sensação de que deixei algo inconcluso. Os pensamentos não querem desligar as luzes, mas o corpo não atende aos seus desejos. Se não durmo, o corpo reage. Precisamos dormir. Precisamos descansar para começar tudo de novo. Não é possível manter-se acordado o tempo inteiro. Tudo ao redor é efêmero, mas eu não quero ser, por isso essa recusa. Enquanto durmo, minha vida fica em suspenso como se alguém apertasse o botão de pause, mas eu não quero pausar nada, por isso me debato, por isso sonho, para manter a mente desperta, mesmo que inconscientemente.

Temos limites, mas o que quero é ser ininterruptamente contínua.

4 comentários:

Evandro Marques disse...

Tento sempre me ligar nos outros, quando se desligo de mim.

Júlio César disse...

A sensação que tenho é de estar perdendo algo... sei lá de repente a melhor coisa da minha vida, poderia estar acontecendo justamente naquele ponto de descanso... Mas quer saber, quando durmo contínuo em eterno progresso, afinal os sonhos conseguem transcender tudo aquilo em que não fui capaz de resolver perante a minha lucidez...

* Adorei o seu blog viu?!!
Abraços!!!

Edu O. disse...

Adoro não dormir a noite, mas quando durmo odeio acordar de dia

Clarinha disse...

Isso...
rompe esse limite..
pule essa cerca ( no bom sentido, claro!)

e viva intensamente.!!!

lindonaaa... saudades daqui..
mas estou sempre presente viu!?!?
é que estou com o tempo apertado... antes era as ferias, agora a rotina de novo!!!
aiaiai..

bjs