domingo, 25 de setembro de 2016
Doce primavera
Doce primavera, à espera de um grande amor. Que você seja feliz, meu
filho, um colecionador de alegrias e virtudes, um mestre em driblar os
problemas com sabedoria, um ser humano com retidão de caráter, um
desbravador do mundo, que desfrute com responsabilidade a independência
que eu e seu pai pretendemos ajudá-lo a conquistar, que você saiba fazer
boas escolhas, que pinte sempre os melhores tons na sua vida.
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Semente de amor
Sem muitas palavras para descrever o doce sabor que alimenta a minha alma nos últimos meses. A maternidade se acercou de mim e minha vida tem sido compartilhada com mais um coração que bate forte no meu ventre. Somos dois em um, ou melhor, três em um, porque apesar de não carregar no ventre nossa semente de amor, tem um novo homem ao meu lado se tornando pai. "Amor, sublime selo que à vida imprime cor, graça e sentido".
sábado, 14 de maio de 2016
Despertar de uma consciência
Chega um momento de nossas vidas em que tomamos consciência de que nossos pais estão envelhecendo. Esse momento chegou para mim paulatinamente, com alguns sinais aqui, outros acolá, e o despertar dessa consciência às vezes me assusta, me põe em alerta constante, me joga ainda mais responsabilidades, principalmente por ser filha única. Bate aquela sensação de que agora eles dependerão muito de mim e que eu preciso estar cada vez mais perto deles, é o momento da inversão dos papeis no cuidado. Tenho pensando muito nisso ultimamente e não digo que seja algo necessariamente ruim, pois ao mesmo tempo que me mostra a fragilidade deles e também a minha, me faz ver o tamanho do amor que nos envolve e a gratidão que sinto por terem me dado a vida. Que Deus me permita ter a sabedoria necessária para ajudá-los a vivenciar essa delicada fase que se estabelece em nosso cotidiano. Amém!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
O quarto de Jack
(Aviso aos navegantes, contém um pouco de spoiler)
Seguindo minha corrida para assistir aos filmes indicados ao Oscar, hoje foi dia de ver "O quarto de Jack", inspirado na obra de Emma Donoghue. Imagine ter 7 anos de sua vida roubados? E durante esse tempo conceber um filho do seu algoz... O que você faria? Já dá para imaginar que se trata de um drama psicológico intenso e entendo que cumpriu bem o seu papel. As respostas para as perguntas que fiz são tão densas e complexas quanto o conflito psicológico vivido pelas personagens Joy, a mãe bem interpretada por Brie Larson, o que lhe rendeu a indicação ao Oscar, e seu filho Jack, interpretado magistralmente pelo ator mirim Jacob Tembley, que não foi indicado como melhor ator, mas deveria, embora eu ainda ache que a estatueta deva ir para Di Caprio. Sem detalhar o enredo para não bancar muito o spoiler, é uma trama que merece ser sentida e refletida por sua sensibilidade, por todos os símbolos que apresenta, pelo recurso da câmera subjetiva sob o olhar do menino, por vezes bastante instável no início do filme, o que acredito ter rendido um bom resultado, pela relação construída entre mãe e filho, pela representatividade da força de um para o outro nos anos de cárcere e fora dele também. Fazendo uma analogia breve com a obra "Alice no país das maravilhas", citada no próprio filme, vemos um menino no mundo de Alice às avessas, num pequeno mundo sem nenhuma maravilha, porém grandioso sob sua ótica, e quando esse mundinho se desfaz, o embate com a realidade existente a sua volta me fez lembrar "O mito da caverna", já que existe um choque entre a "realidade" construída pela mãe para o filho e a vida de fato real. Vale a pena conferir e por que não ganhar o Oscar de melhor filme.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
And the Oscar goes to...
Leiga que sou tecnicamente falando sobre a sétima arte, mas
completamente apaixonada por ela, me arrisco a tecer alguns comentários
sobre "O regresso". Com Alejandro Iñarritu por trás das câmeras, já é de
se esperar uma grande obra, pois desde os tempos de Amores Brutos que
ele ganhou minha admiração. Também destaco a fotografia do filme, que
está magnífica do início ao fim, realmente uma direção fotográfica de
tirar o chapéu para Emmanuel Lubezki. A obra em si é tensa e visceral,
com cenas muito bem montadas e interpretadas, com poucos diálogos e um
resultado fabuloso! E, para que o filme impacte tanto o espectador,
muito também se deve à brilhante atuação de Leonardo di Carprio, que tem
provado a cada ano que não é mais um ator frágil, que cresceu, evoluiu e
merece o Oscar por sua atuação irretocável. A Academia deve isso a ele
desde "O lobo de Wall Street" na minha humilde opinião. Espero que dessa
vez ele tenha esse reconhecimento, pois conseguiu provar com esse filme
que é um ator maduro.
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Porque cada coisa é o que é...
A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
Tenho escrito bastantes poemas.
Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.
Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos,
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
(Fernando Pessoa, por Alberto Caeiro)
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Lady in red
Há muito tempo não posto nada no blog, mas hoje vou quebrar o jejum para compartilhar um momento inesquecível de minha vida. Sim, eu casei! E daquela noite especial guardo as mais sensíveis e alegres lembranças. Foi um momento mágico em que pude celebrar o amor ao lado de pessoas escolhidas a dedo, que transmitiram muitas energias positivas para nós dois. A magia que tomou conta daquela noite de lua cheia não poderia ter sido melhor, de verdade. Tudo foi pensado para que tivesse a nossa assinatura, a nossa cara, a nossa personalidade, e assim foi feito. Não teve igreja, nem padre, nem pastor, nem qualquer outro representante religioso, mas apenas a presença de Deus em nossos corações. Oficializamos nosso compromisso um com o outro em um casamento civil sem nenhuma pompa nem circunstância e no dia seguinte, nossos familiares e amigos brindaram conosco a nossa união em uma cerimônia emocionante. Tivemos os melhores celebrantes, duas pessoas queridíssimas, que cuidaram de cada detalhe de seus discursos, para dar a nossa cerimônia um toque mais do que especial. Foi lindo, foi realmente emocionante! Uma linda noite em vermelho... Sim, essa foi a cor que escolhi para o meu vestido de noiva. E por que não? Sonhos existem para serem realizados e nada melhor do que nos vestirmos de nós mesmos em qualquer situação. As imagens falam mais que mil palavras, então deixo algumas aqui para que possam sentir um pouco da energia maravilhosa que envolveu esse grande dia!
Já que fugi do tradicional, o bolo também foi diferente, uma linda torre de cupcakes
A preparação
Lady in red
A cor do amor!
Ele tocou a marcha nupcial para mim
Meus queridos pajens à minha espera
Nós dois
Linda celebração feita por meu primo e minha cunhada
Meu buquê ficou lindo!
Aqui, vou detalhar mais a simbologia do nosso casamento. Passamos um tempo pensando em um tema para o casório, algo que pudesse representar bem nós dois, até que identificamos o que mais gostamos de fazer e a partir daí tudo fluiu. Tema: viagens! Somos colecionadores de momentos únicos e muitos aprendizados, somos exploradores natos desse mundão de meu Deus, então começamos pelo nosso convite, que teve o formato de uma passagem aérea. Fizemos tudo com muito carinho e cuidamos de cada detalhe. Foi maravilhoso entregarmos os convites, vermos a surpresa dos convidados e imediatamente depois o reconhecimento de que ficou a nossa cara! Realmente ficou. Com os devidos "cartões de embarque" em mãos, os convidados começaram a embarcar em nossa viagem rumo à construção de uma família. A caixa que está na foto acima foi toda decorada com o tema "viagens" e serviu para colocar a almofadinha com nossas alianças, além de guardar como lembrança nossos votos que escrevemos um para o outro. Essa caixa foi levada por minhas amigas de infância, para quem fizemos essa surpresinha na hora (elas não sabiam que teriam esse papel no casamento). Foi tão lindo ver a emoção delas! Outro detalhe é que não tivemos pares de padrinhos, foram quatro madrinhas e dois padrinhos, por isso eles entraram sozinhos, um atrás do outro, sendo que as madrinhas carregaram uma rosa branca nas mãos. Pesquei essa ideia na internet e gostei do resultado. Dois dos padrinhos foram também os celebrantes e não poderíamos ter escolhido pessoas melhores para esse momento. Nós dois entramos em trio, ele com os pais e eu com os meus.
Na hora dos votos, emoção à flor da pele! Da varanda dava para ouvir o som das ondas quebrando na praia
"When you love someone, your heartbeat beats so loud, when you love someone, your feet can't feel the ground..."
"I'll never forget the way you look tonight..."
"Baby, your smile's forever in my mind and memory"
(dançamos ao som de Ed Sheeran mesmo sem saber dançar direito rs)
A brincadeira com o buquê teve um charme especial com essa ciranda. Ganhou quem ficou com a fita na mão até o final. rs
E tudo terminou em pura diversão! Caímos na folia!
Sou muito grata por todos os abraços que recebi, por todos os sorrisos, por todos os olhares das pessoas que abençoaram com Deus e com nossos pais a nossa união. Valeu a pena cada segundo e tive a certeza ainda maior de que amar faz um bem incrível!
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Sossego
O que eu quero é sossego
é amor
é tranquilidade
é conviver com gente de verdade
sem mentiras
sem falsidade
gente com retidão de caráter
pena que falte tanto dessas qualidades
nesse mundo de inverdades
mas que isso nunca atrapalhe minha felicidade.
é amor
é tranquilidade
é conviver com gente de verdade
sem mentiras
sem falsidade
gente com retidão de caráter
pena que falte tanto dessas qualidades
nesse mundo de inverdades
mas que isso nunca atrapalhe minha felicidade.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Grandes poetas estão indo embora
Não sei se tem sido um ano de muitas perdas artísticas ou se é apenas
impressão... Mas grandes poetas estão indo embora. Hoje foi a vez de
Manoel de Barros, o menino que carregava água na peneira em suas poesias
e conseguia fazer com que o nada, o vazio, as ilusões tivessem algum
sentido pelas palavras, ou não.
"A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas."
"A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas."
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Sonhos
Façamos dos sonhos realidade e da felicidade uma missão de vida!!! Não
vamos deter os desejos, porque a vida é efêmera e precisamos escolher o
melhor tom para a nossa! "Façamos da interrupção um caminho novo. Da
queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da
procura um encontro!"
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